As diferentes formas de arte tornam real o que imaginário começou por ser em diferentes épocas, sociedades e culturas espaciotemporalmente situadas. Ainda o conceito de indivíduo criador em busca da originalidade – a que chamamos Autor(a) – não existia, e já um denominador comum se manifestava: a presença da dimensão artística. Quando artistas consumados mas para sempre desconhecidos criaram as pinturas rupestres de Altamira, de Lascaux e de Chauvet-Pont-d'Arc, iniciaram um percurso. Começava a dar-se a conhecer o rosto outro do humano que a arte também é.
A Banda Desenhada é uma das portas de entrada no(s) labirinto(s) do imaginário e uma das vias de acesso aos incontáveis universos que – por intermédio da criatividade – dele brotam. É uma das formas de concretizar, de tornar real o que tem origem na imaginação. Os universos artísticos e as artes interagem e enriquecem-se mutuamente e múltiplas são as articulações possíveis, como a que se nos depara, por exemplo, nesta versão de Cities in Dust * (1985), que propõe uma conjugação da música e de fotografias dos Siouxsie and the Banshees com obras do grande artista austríaco Gustav Klimt (1876- - 1918). Uma delas – provavelmente a mais famosa – O Retrato de Adele Bloch-Bauer I (1907) – faculta-nos a entrada em mais (do que) um percurso fascinante a que nem o cinema foi indiferente: Mulher de Ouro (2015), filme protagonizado por Helen Mirren. Ao interligarem-se, as diversas modalidades artísticas transportam-nos para outra dimensão: a do Multiuniverso, que também os alunos podem valorizar. Com as suas criações-mundos. O Concurso BDArte é uma das formas de as promover na EASR. Desde 2003.